não tenho estômago para algumas situações, sequer posso dizer que consigo engolir a indiferença. acho que mesmo depois de tantas experiências - confesso que nem sempre desejadas - não consegui escolher o sangue frio. minha mente não é calculista e meu coração não bate em ritmo de interesses. eu procuro o ato sincero, a coerência dos fatos, a harmonia das palavras e a conciliação dos corpos. mesmo quando tudo isso parece tão impossível e extinto.
o que nos move é a fé.
5 comentários:
Me identifico demais com seus textos, esse principalmente, coloquei até no perfil do orkut. =P
é só uma questão de tempo, de aprender a vibrar bonito, a sacar nos homens o que é bom e do bem. se livrar dos pequenos-grandes traumas não é coisa fácil porque tem a autosabotagem que acontece. mas te digo, o tal do amor chega. e nem sempre é do tamanho da nossa expectativa. as vezes em meio tortinho, confuso. nunca no cavalo branco. mas ele chega. chega sim. certeza.
vibra bonito. entende? capta no olhar, na verdade que é sua e precisa comunicar a mesma sintonia, a mesma verdade de um outro que esteja disposto, livre e de coração aberto.
believe me.
por muito tempo eu achei que me sentir assim, como você nesse texto, era uma fraqueza. um desajuste, uma falta de adaptação. eu ouvia "dogs" do pink floyd e sentia uma dor no peito pensando: se o mundo é assim mesmo, se a gente tem que ser assim, eu não sei como viver aqui.
hoje acho que é uma grande qualidade ser assim solúvel. prefiro viver assim, movida pela fé, a viver numa bolha. a gente quebra a cara, franze a testa, faz um bico, chora, esperneia, mas pelo menos tem do que reclamar. e a gente também sorri sinceramente, canta alegremente, ama verdadeiramente, vive intensamente.
enquanto tem gente por aí que vai "morrendo lentamente", com medo das feridas...
"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro ao invés do branco e os pingos nos iis a um redemoinho de emoções, exactamente o que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e coração aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos.
Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade."
(Neruda)
teus textos me empolgam. se me soltarem, eu fico aqui fazendo comentários até o ano que vem.
desculpa aí!
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