pode me xingar até o osso, pois o leite já derramou. tenho eu plena consciência dos fatos, não foi culpa minha, tentei, tentamos e é isso que importa - pelo menos é nessa incerteza que me agarro. não direi todos os dias, estou procurando ser sincera. não é todos os dias que penso em você. mas penso e não só digo que penso, acredite. aos poucos estou enterrando minhas fatigas à sete palmos, é muito difícil para mim aguentar esse imundo cotidiano. quem sabe se a minha tristeza é apenas a impaciência de uma espera? me enlouquece, sei o quanto doída sou. sente? é o coração que bate, bate, mas não abre nunca. queria te mostrar tanta coisa e ao mesmo tempo queria apenas sumir. preciso de solidão e silêncio para funcionar no meu tempo e se digo em voz calma que a festa acabou é porque eu preciso de um bom colchão para repousar minha coluna. já não sinto mais nada, balbuceio outro idioma e faço perguntas internas; existe coisa mais autodestrutiva? sei lá, entristeci.

4 comentários:

Geverson B. Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Geverson B. Rodrigues disse...

Lembrei de você vendo suas fotos no orkut, havia te visto no finado cenáculo. Na ocasião você contava sobre a visita ao Dalton e também sobre a biografia do Toninho Vaz sobre o P.L...

"Queria te mostrar tanta coisa e ao mesmo tempo queria apenas sumir. preciso de solidão e silêncio para funcionar no meu tempo e se digo em voz calma que a festa acabou é porque eu preciso de um bom colchão para repousar minha coluna", bonito!

marcelo disse...

palavras bonitas... talvez pq me reflitam... até o dia hj, nublado, me reflete. preciso me deixar sozinho.

marcelo disse...

aliás, a cara do blog tá perfeita. engraçado... procurei muita coisa pra tentar deixar o blog mais receptivo pra textos literários... faltou pensar no mais simples.

Postar um comentário