estou tão sozinha que faço carinho em minha sombra e ensaio conversas que nunca serão pronunciadas. não sei quando as coisas começaram a ser assim. talvez por descuido ou conveniência deixei de enumerar os fatos, gravar os rostos, soletrar os nomes. a minha inquietação foi responsável pelo extermínio. me foge a razão dos dias e ainda assim a sensação do tato só pode ser uma só. esse frio não me intimida, penso alto. é preciso insistir no contraponto, meu deus. dobro os joelhos, acho que estou imensamente cansada, rezo, mas por algum motivo não sou atendida.
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