uma frase recorrente toma conta das horas, repasso o roteiro inúmeras vezes e constato o desajuste. a verdade é que não sei quando as coisas começaram a ser assim. talvez por descuido ou conveniência deixei de enumerar os fatos. olho a fotografia roubada, sinto vontades, mas não digo nada. cada minuto de silêncio assassina um pouco o que amo. agora percebe os meus olhos derretidos? às vezes você consegue ser tão ríspido comigo e às vezes eu consigo prever em seus olhos o que pensarás de mim amanhã. acho que não tem como, estou perdendo a pouca crença que me resta. tenho grande medo de um dia me tornar uma dessas mulheres amargas. mas por enquanto ainda acredito, entre um revés e outro, mas ainda acredito. hasta que el cuerpo aguante

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