- a última vez que me atirei em um precipício nem faz tanto tempo assim. meu coração disse “vá” minha cabeça berrou “de novo, não” e meus lábios em silêncio ficaram, que nestas horas, lábios não são bons conselheiros, sabem disso e, ao contrário de mim, respeitam as próprias falhas, fragilidades e medos. aí pulei. estou a cair desde então. pelo caminho encontro amigos, conhecidos, esbarro em um pouco de música, uma pilha de livros, um prato de sonhos. não temo a queda final, gosto do vento batendo no meu rosto e amestrando meus cachos. temo apenas a minha voz. mas só às vezes. e tu?

cris lisboa.

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