dos meus pensamentos aleatórios,
anotei pra não esquecer:
* estou vivendo embriagada e não pretendo parar.
* mentira, eu não estou vivendo embriagada. mas bem que queria, viu. tá certo que não resolveria metade dos meus problemas, mas possivelmente eu não lembraria de 1/3 deles – o que já é um ganho, convenhamos. queria estar que nem aquele cara da esquina, no chão de tão bêbado. porque se a vida está uma merda, por que não agonizar só um pouquinho? afinal, sentir não mata ninguém. apenas enobrece. outra mentira.
* você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora, tanta vontade de começar outra vez, mas você também tem uma boa taça em mãos que deve ser brindada. então sorria.
* "foda-se esse amor que não quer vir até a mim". foi exatamente isso que P. quis dizer quando gritou que odiava toda aquela falta de respeito. e eu sei lá o que pode significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável do ser, a real é que a gente não se doa, cara. então criamos cordialidades mais por medo que por amor. ou afinidade. ou respeito. ou qualquer outra coisa estúpida que a gente gosta de chamar de sentimento.
* pois é, eu te falei, sentir sede faz parte.
3 comentários:
E beber também. Gostei daqui.
sinta-se bem vindo, Pedro.
"estou vivendo embriagada e não pretendo parar."
queria eu ter esse pensamento. nem precisaria anotar pra não esquecer. Afinal..
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
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