tenho um livro comigo, não é um livro, era um livro, mas depois ficou só um pedaço de livro, depois só uma folha, e agora só um farrapo de folha, nesse farrapo de folha eu leio todos os dias uma coisa assim: "tem piedade, satã, desta longa miséria". só isso. fico repetindo: "tempiedadesatãdestalongamisériatempiedadesatãdestalongamisériatempiedade" tempo, tempo. aí sinto essa coisa que ainda não esqueci o jeito e que se chama desespero.

caio f.

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