seria possível deixar de lado esses sons tristes que saem da minha cabeça? uma frase recorrente toma conta das horas, repasso o roteiro inúmeras vezes e consto o desajuste. qualquer indagação sobre a condição humana é inútil, minhas inclinações apontam cada vez mais pra baixo num golpe de faca cega. olho a fotografia roubada, por onde esteve com esse olhar tão pesado e tão sublime? sinto vontades mas não digo nada, cada minuto de silêncio assassina um pouco o que amo. agora percebe os meus olhos derretidos? às vezes você consegue ser tão ríspido comigo. já não sei por onde, acho que estou perdendo a pouca crença que me resta. tenho grande medo de um dia me tornar uma mulher amarga. mas por enquanto ainda acredito, meio gato pingado, mas ainda acredito.


(eu não tenho pra onde ir)

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